Ou como eu luto até o fim, desde que mantenham os Sonhos de Valsa por perto.
Admito que algumas vezes me sinto fútil. Talvez eu realmente seja um pouco. E quem não é? Eu devo admitir que essa futilidade inside me é o que me mantém REALMENTE viva em horas de desespero/TPM/ansiedade profunda. Algo do tipo meu namorado vai me deixar no São João, minhas notas estão um lixo, eu estou de TPM e eu terminei o livro onze de Gossip Girl – vulgo meu mundo está caindo – maaaaas acho que tudo isso pode se resolver if eu comprar aquela fornada de coxinhas/relógio de strass/tintura rosa para cabelo. Eu não vejo mal algum em conseguir esquecer os problemas sem maiores… problemas. Porém minhas técnicas não estão funcionando muito bem no cenário atual. Juro que já comi quase um saco inteiro de Cheetos Lua, um Chandelle Duo (humm), morangos vermelhinhos e até me prometi dar uma pisa no meu cabelo essa semana! Mas não consigo me sentir bem a respeito do que aqueles malditos STF’s concordaram em fazer.
Claro, eu sei que deve ser entediante ser um STF. Aquele pessoal que não faz nada e ganha um monte de dinheiro. Ops, desculpem! Quase ia esquecendo: eles devem zelar pelos nossos direitos, é claro. Não que eles façam muito isso. Eu também me esqueceria, entre uma viagem à Europa, a manicure e a reprise de Gossip Girl, é claro. De modo que não os culpo. Até fico feliz quando eles não fazem nada, os descerebrados. É bem melhor quando eles apenas fingem trabalhar, enquanto olham seus orkut’s e respondem uns recados. Por que vejam mesmo o que acontece quandos eles trabalham. Eles fazem caca. Caca grande, feia e fedorenta. Agora, para ser jornalista você só precisa dizer que é Jornalista. Sabe aquele negócio d’O Segredo? Você mentaliza e PIMBA!, você é um Jornalista. Sem nenhuma magiquinha, é tudo real! Nem só de talento vive o jornalismo, meus caros amigos. Pessoas sem estrutura, que não passaram por todas as etapas que um jornalista diplomado passou vão começar a dar pitaco no que não entendem. Não digo que as pessoas não tenham direito de expressar suas opiniões. Apenas digo que mídia é coisa séria e não é qualquer ZÉ-MANÉ que terá CACIFE para lidar com notícias de forma ética, ainda mais agora que, além da não-obrigatoriedade do diploma, qualquer um pode abrir um jornal e difamar quem der na telha. Que é isso? Virou Brasil?
Eu não tenho palavras para descrever a raiva que sinto em saber que terei de competir com pessoas sem qualificação, quando eu sacrifiquei UMA PORRA DE UM ANO ESTUDANDO O CACETE DE UM BANDO DE MATÉRIAS IRRITANTES E DECORANDO TODA A PORRA DE SORTE DE DESGRAÇAS QUE PASSAM PARA OS POBRES VESTIBULANDOS para entrar numa FEDERAL, para ter uma qualificação digna e estar a frente, de cara, dos concorrentes. O que não vai acontecer. Por que um diplomado é mais caro. E, sejamos sinceros, diante da crise atual, tudo o que é barato sai ganhando. O que importa a qualidade? Depois de algum treino, aparentemente, qualquer desgraçado é capaz de escrever para um jornal, é o que o STF diz. Nada de estudar Ética, Política, etc. Para quê? Para pegar mais no pé desse bando de incompetentes que regem, infelizmente, o nosso país? Eles querem transformar a nossa mídia, quarto poder, em uma merda tão grande que não tenha envergadura para debater qualquer robalheira desse bando de amorais. Afinal, que moral teria alguém que nem diploma tem? Eles estariam livres de quem tanto os inferniza, visto que viraríamos algo, assim, de 387ª categoria.
Não se depender de mim, meu bem.