Ou como perguntas sobre o pensamento que você não terminou por que tinha vergonha podem totalmente servir de inspiração para o blog.
Eu realmente gostaria de conseguir reclamar tanto para as pessoas ao meu redor como eu realmente necessito. Ou como elas talvez realmente necessitem. Talvez nós necessitemos. A questão é que tem uma parte de mim que não acredita nas pessoas (uma parte pequena, devo dizer) e que, por consequência, não me faz sentir exatamente feliz em dividir minhas pequenas (ou não) dores com o mundo. Eu não estou dizendo que isso é uma coisa boa, isso de não acreditar nas pessoas. E também não disse que é minha razão principal.
A maior verdade é que não quero encher o saco de pessoas que eu prezo muito com detalhes da minha vida tão chata. Por que que eu deveria contar para você que eu discuto todos os dias com a minha mãe, por motivos que vão desde roupas que eu não lavei ainda ou ao que ela pensa que seja certo, no que se diz a comportamento. Sabe, não é exatamente excitante dividir isso com qualquer pessoa que seja.
E eu realmente odeio alugar as pessoas por motivos que eu não ache que sejam, no mínimo, justos. Não que eu tenha qualquer problema para ouvir o que as pessoas querem me dizer. Nenhum, mesmo. Eu pergunto. Eu quero saber. Eu gosto de me sentir útil, emprestando meu ouvido e ombro amigo para quem dele necessitar (desde que eu não esteja na TPM, of course), sabe. Me sinto como se não fosse tão sanguessuga como algumas pessoas falam que eu sou. Como se não fosse preguiçosa ou desorganizada. Eu sinto que é uma coisa que eu posso fazer, sabe. Simplesmente ouvir e, sometimes, dar uns conselhos.
Acontece que se eu, simplesmente, deixar você dar os conselhos de volta, eu vou ficar na mesma. Não vou mais ser tão útil assim. Estaríamos quites. E eu não quero que você saiba. Não quero que você me ache estranha. Eu te amo e simplesmente não quero que você ache que eu sou uma emo reclamona. Até por que você não é um. Emo reclamão, quero dizer. Você não vive brigando com sua mãe, sabe. E não tem mesmo que ficar lembrando à sua mãe que o seu namorado te ama tanto quanto você o ama. É muito chato alguém insistir que você ama demais, quando você sabe que não é verdade. Eu sei total que você me ama, sei sim. Você me diz, você me demonstra. Mas ela, tipo, não vê, pois ela mora comigo e não com você. Então ela meio que supõe que você nunca diz que me ama, nem nunca faz uma coisa legal por mim, como trazer romãs e chocolates para mim quando eu totalmente não espero.
E ela não podia estar mais errada, meu querido. E muitas vezes eu tenho que lembrá-la disso, e isso é tão chato. Isso me faz sentir deprimida e, quando você me liga, eu posso parecer meio chata, mas tudo o que eu queria era simplesmente poder te abraçar, por que nos seus braços praticamente tudo é esquecido e você simplesmente me faz sentir tão bem. Eu posso não contar o motivo da algumas conversas estranhas que te conto, mas por que você deveria saber que defendo o amor que existe entre a gente? Por que você realmente deveria saber disso, que é tão boring?
Por que eu deveria ajudá-lo a chegar à conclusão que talvez eu não seja tão boa assim para você? Mesmo que eu te ame até a última fibra do meu coração, eu não sei se te mereço, meu bem. Entenda, eu não mato nem roubo. Não uso drogas, não me prostituo. Mas talvez você simplesmente seja uma pessoa melhor. Seja um filho melhor. Algo do que jamais poderei me orgulhar. Eu não sou. Eu sou estourada e simplesmente acho quase tudo o que minha mãe fala um drama sem tamanho. Você foi uma das melhores coisas que me aconteceu. Por que quer que eu te assuste com a terrível revelação da desgraça humana que eu sou? Será que posso ser um pouco egoísta? Será que posso querer que você ainda queira a mim?
PS: Juro que não tive muito êxito em não ser reclamona, dessa vez. Mas foi meio que bom desabafar.
PPS: Eu também não queria que o post ficasse tão direcionado a você, meu bem. Juro que comecei pensando em amizades, mas você sabe que nunca fico muito tempo sem pensar em você e, enfim, foi uma boa válvula de escape.